Karatê GVII
O Karatê do GV inciou em setembro de 2009 , com o Sensei Fabio P. de Mendonça " Fabião " . estilo Shotokan .
É exclusivamente para os moradores do GVII
Indicado para atletas de ambos os sexos com idade a partir dos 7 anos
Tem a finalidade de praticar e promover o esporte , sua filosofia , integrar vizinhos , pais e filhos
DOJO KUM - LEMA DO KARATÊ GVII
* SÃO OS PRINCÍPIOS , OS LEMAS QUE DIRIGEM O KARATECA DENTRO DO SEU APRENDISADO
1º Esforçar-se para a formação do caráter
2º Fidelidade para com o verdadeiro caminho da razão
3º Criar o intuito de esforço
4º RespeitO acima de tudo
5º Conter o espirito de agressão
Estilos de Karate
Goju Ryu
Shito Ryu
Shorin Ryu
Shotokan
Wado Ryu
Kyokushin
O QUE É KARATE
Trata-se de uma Arte Marcial milenar, originada na Ilha de Okinawa e, posteriormente, desenvolvida no Japão. Tode era o seu nome no dialeto okinawano. Inicialmente era um sistema de luta em que as mãos e os pés funcionavam como armas letais. Adestrar o corpo para a luta surgiu devido à imposição dos reis daquela Ilha, como forma de controle, de não permitirem que os habitantes utilizassem armas.
Fora estas particularidades, o Tode recebeu uma grande influência do Kung Fu chinês, uma vez que Okinawa era um reino independente e mantinha estreitas relações comerciais e culturais com a China.
No Século XVI, a ilha de Okinawa é invadida pelo clã feudal de Satsuma , perdendo a sua independência. Porém, somente no Século XX, na década de 20, essa Arte Marcial foi conhecida pelo povo japonês.
Coube a Gishin Funakoshi, professor okinawano de filosofia chinesa, realizar, a convite do Ministério da Educação Japonês, a primeira demonstração daquela Arte Marcial no País do Sol Nascente.
Já instalado em solo japonês, Mestre Funakoshi, substitui o nome Tode do dialeto okinawano para Karate-Do, em japonês, sendo Kara (vazio)-te (mãos) e Do (caminho). Esse nome foi inspirado no poema Zen: "Cores, isto é vazio. Vazio, isto é, cores". As cores significam a matéria, o vazio, o nada. Pode-se dizer que são os aspectos onda e partícula da mecânica quântica.
A filosofia Zen fundamenta a sua prática na meditação. Segundo seus conceitos, a realidade das coisas somente é percebida quando nos isentamos do ato racional de julgar e interpretar a situação, os objetos e as pessoas com as quais nos relacionamos. O caminho para isso é a criação de um estado mental de vacuidade, do vazio da mente.
Mestre Funakoshi, guiado pela sua visão de futuro, acreditava que o Karate-Do poderia ser um meio de integrar as pessoas na co-criação de um mundo mais pacifico, tanto é que cunhou a frase em japonês Karate-ni sente nachi ( no Karate não existem golpes de agressão). Atualmente, pode-se dizer sem exageros, que o Karate encontra-se em todos os países do planeta.
ESTILO SHOTOKAN
o Karate Shotokan(Torao) Foi criado pelo Mestre Gishin Funakoshi, embora nunca tenha dito que fosse o seu estilo. Mestre Funakoshi não compactuava com a idéia de que o Karate fosse dividido em estilos, o que acreditava sim é que o método de ensino fosse diferente de professor para professor. Quanto à terminologia Shotokan, Shoto era o pseudônimo que o Mestre assinava em seus poemas, significa pinheiros ondulando ao vento e Kan significa casa, edifício. Surgiu quando os alunos construíram um Dojo, local de treinamento, e para homenagear o Mestre, deram o nome de Shotokan( a casa de Shoto). O estilo Shotokan caracteriza-se por bases fortes, predominância de movimentos de mão e chutes no máximo até o peito. Os giros sobre o calcanhar em posição baixa dá fluidez ao deslocamento e todo movimento começa com uma defesa. O treinamento segue rigorosamente os três fundamentos, que são a prática do Kata, do Kihon e do Kumite. Kihon é a prática dos fundamentos que compõe os golpes, as defesas e as posturas. Kumite é o treinamento em duplas visando a prática do combate. Incluem-se os movimentos de ataques e defesas combinados do Sanbon Kumite, do Ipon kumite e do jyu ipon kumite, e o jyu kumite, o combate livre. No estilo Shotokan prioriza-se muito a prática e o estudo do Kata por considerá-lo a síntese da Arte, e é onde realmente o Karateca aperfeiçoa-se em todos os sentidos, na mente, no corpo e no espírito. |
ESTILO GOJU RYU
Origem do estilo Goju Ryu
O karate, chamado Tode no dialeto de Okinawa, é baseado principalmente em técnicas chinesas sendo desenvolvido no arquipélago de Ryu Kyu, cuja ilha principal é Okinawa, é chamado apenas de “Te” (mão), que com a influência chinesa transformou-se no karate que significa ”caminho das mãos vazias”.
Na época havia três principais núcleos de Te em Okinawa. Estes núcleos eram as cidades de Shuri, Hara e Tomari que consequentemente deu origem aos três estilos básicos conhecidos como Shuri-te, Hara-te e Tomari-te.
O estilo Naha-te tornou-se popular devido aos esforços de Kanryo Higaoma (1853-1916) onde treinou com o mestre Fukushu na China.
Após treinar por um longo período, este se torna conhecido e após um período, pede licença ao mestre de Fukushu e retorna à Okinawa.
Aos 14 anos Chojum Miyagui (1888-1953) ingressa na academia de Higaona, na cidade de Naha.
Após vários anos de dedicação e esforços aos treinos e várias conversas com Higaona, Chojum Miyagui foi para Fukushu conhecer o Kenpo da Chinam onde passou por vários estados da China para aprender com os mestres locais.
Com o falecimento de Kanryo Higaona, as pessoas passam a procurar o mestre Chojun Miyagui que mais tarde desenvolveu o estilo conhecido hoje como Goju Ryu sendo que, “GO” significa rigidez ou força e “JU” significa flexível ou suave. É nesses dois aspectos que são baseados a filosofia do Goju.
Antes de sua morte o mestre Chojum Miyagui pede para Meitoku Yagui (1912), por ser o aluno mais dedicado a continuar com o estilo, que divulgue e ensine o Goju Ryu e este por sua vez, passou a ensinar aos demais pelo mundo.
ESTILO WADO RYU
Origem do estilo Wado Ryu
O Shinto-Yoshin Ryum Jiu Jitsu, praticado durante trinta anos pelo professor Hironori Orsuka, acentuava o Atemi, as imobilizações, as esquivas e os golpes de impacto com os membros, além dos arremessos e projeções que a maioria das escolas de Jiu Jitsu utilizava.
Hironori Otsuka, que aos 29 anos tornava-se mestre em Jiu Jitsu (01/06/1921 – conforme registros) tomou contato com o karate de Okinawa através de uma demonstração pública feita por Gishin Funakoshi e equipe em 1922.
Apresentou-se no ginásio Meisho-juku, onde, segundo suas próprias palavras: “Funakoshi san, recebeu-me muito bem e disse que me ensinaria de bom grado o karate” e ainda completa: “Ele era surpreendentemente franco e aberto e de espírito puro...”.
Com dedicação integral, Otsuka passa a praticar o karate com o mestre Funakoshi, quem lhe confiava a organização de muitas tarefas, bem como a assistência na instrução aos estudantes de karate.
A partir de então, Otsuka passa a amadurecer idéias sobre a mescla das técnicas do atemi, esquivas e Nague Waza do seu Jiu Jitsu ao karate, onde já se tornara um respeitado especialista.
Nesta mesma época (1929), organiza o primeiro clube de karate na Universidade de Tóquio e introduz neste mesmo ano o estudo do estilo livre de luta em jogos competitivos, criando a base dos atuais torneios de karate.
Otsuka estabelece então uma rede de academias nas várias universidades japonesas (Nodai, Rikyo, Nihon, Todai e Colégio Dental de Tóquio).
Finalmente em 1934, oficialmente, inaugura o seu próprio estilo de karate que em 1940 é oficializado pela Butoku-kai (órgão disciplinar e gestor das Artes Marciais no Japão) como o estilo Wado Ryu – “Escola do Caminho da Harmonia”.
Hironori Otsuka nos ensinou em sua poesia “TEM, CHI, JI NO RI-DO WASURU” que o caminho das Artes Marciais não deve ser meramente técnica de luta, mas o caminho da paz e harmonia.
A meta de prática desse estilo é trazer a paz e harmonia, o que é mais difícil de ser atingido do que a vitória pela violência.
Características do estilo Wado Ryu
Influenciado pelas técnicas do atemi e naghe waza do Jiu Jitsu, o Wado desenvolvido pelo Otsuka tem como fudamento o estudo da distância (maai), do tempo de ação (irimi) e da esquiva (taisabaki).
Muitas vezes o bloqueio é transformado num movimento de ataque de forma contínua, ou seja, o ataque e a defesa são considerados parte de um único movimento. O kensei (finta) e o taisabaque (esquiva) são arduamente trabalhados de modo que o oponente se exponha ao contra-ataque sem chance de defesa.
Utiliza-se também o tsukuri (chamar o ataque) e os atemis e bloqueios de ataques de forma direta sobre as articulações.
A facilidade que o mestre Otsuja encontrou no estudo do kumite deve-se muito à sua especialidade na área médica ortopédica de fraturas e ferimentos ocasionados em combate.
ESTILO SHORIN RYU
Origem do estilo Shorin Ryu
Na luta pela sobrevivência o ser humano procura um meio de defesa para vencer as adversidades. Como meio de autodefesa, em Okinawa se desenvolveu o “TE” (mão). Esta luta ensinava o praticante a enfrentar sem armas o seu adversário.
Em 1371, Okinawa iniciou um intenso comércio com a China, Coréia, Tailândia, Java, Filipinas, Indonésia, Sumatra e Malásia o que motivou a desenvolver outra forma de luta procedente da China
ESTILO SHITO RYU
Origem do estilo Shito Ryu
Antigamente, Okinawa-te era uma arte praticada secretamente e, passado de pai para filho, não existiam diferentes estilos de karate, faixas ou graduações como atualmente.
No final do século XIX existiam três centros de atividades chamados
Shuri - na província de Okinawa
Tomari – na província de Okinawa
Naha – na cidade de Okinawa
E os dois grandes mestres daquele tempo eram Anko Itosu (Shuri) e Kanryo Higaona (Naha).
Enquanto estes dois homens representavam a mais alta autoridade daquela época, havia diferenças significativas entre eles:
Itosu enfatizava a velocidade e agilidade
Higaona enfatizava a força e contração muscular
O meste Kenwa Mabuni, fundador do estilo Shito Ryu, inicialmente começou praticando com os mestres Anko Itosu (Shuri-te) e Kanryo Higaona (Naha-te).
O meste Mabuni era dotado não somente de técnicas de karate, mas também praticou Kobudo (armas marciais).
Quando o mestre Mabuni mudou-se para Osaka (Japão) em 1934, estabeleceu credibilidade com as outras artes marciais da comunidade japonesa e, sendo assim, fundou seu próprio estilo de karate: Shito-Ryu, fundindo as principais características dos mestres Itosu e Higaona.
Esta fusão reflete-se no nome do estilo:
“SHI” – representa o “ITO” de Itosu
“TO” – representa “HIGA” de Higaona
Combinando-se essas duas sílabas chega-se ao nome do estilo SHITO.
ESTILO GOJU RYU
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ESTILO KYOKUSHIN
Hyung Yee nasceu na Coréia em 1923. Adotou o nome japonês "Masutatsu Oyama" (elevação da alta montanha) quando decidiu dedicar sua vida ao karate.
Em sua terra natal, Hyung Yee descobriu cedo as artes marciais locais, principalmente o tae-kyon e o tae-kwon-pup, raízes do tae-kwon-do. Ainda em seu país, Oyama estudou também diferentes formas do kenpo chinês e japonês. Nessa época, o principal modelo de Oyama era Otto von Bismarck, unificador da Alemanha. “Queria ser o ‘Bismarck do Oriente’. Então, saí de casa aos 13 anos e fui para Tóquio”.
Na capital japonesa, Oyama praticou inicialmente o judô. Em 1938, matriculou-se na escola de karate shotokan. “Pratiquei o shotokan, mas já duvidava de sua abordagem linear. Não gostava da idéia de controlar minhas técnicas. Era rígido demais para mim, então saí”. Oyama deixou o dojo shotokan dois anos depois. Passou a dedicar-se, então, ao goju-ryu e ao estudo Zen.
"No karate, o espírito conta mais que a técnica ou a força. É ele que permite ao indivíduo se mover e agir em plena liberdade. Para fortalecer o espírito, a meditação Zen é muito importante. Através dela, podemos vencer a emoção e o pensamento. O homem que quer seguir a via do karate não pode negligenciar o Zen e o aperfeiçoamento espiritual”.
Exílio voluntário
Em 1948, Oyama se impôs um exílio voluntário de 18 meses, no monte Kiyosumi (Japão). "Todos que se dedicam a uma causa devem passar por um período de isolamento. Meu treinamento cotidiano começava bem cedo, com uma sessão de purificação espiritual sob as águas geladas de uma cascata. Depois, eu voltava correndo à minha humilde moradia para continuar o treino. Mudava pedras e troncos de árvores de lugar, mergulhava nas torrentes geladas. E terminava o treino matinal com nova sessão de meditação. A tarde era dedicada à prática do karate. Instalei makiwaras nos troncos das árvores e os golpeava durante várias horas, com os punhos e com os pés. Exercitava também o quebramento até que o estado de minhas mãos me impedisse de continuar”.
Na medida em que Oyama tomava consciência de sua força, um projeto começou a germinar em seu espírito: o de realizar uma façanha fora do comum, que provasse a superioridade do karate sobre todas as outras formas de combate a mãos nuas. Decidiu repetir o feito de certos praticantes de kenpo de Okinawa e abater touros.
Duelo com touros
Oyama foi a diferentes matadouros da prefeitura de Shiba, a fim de testar seu poder de golpe. Depois de várias tentativas cuidadosas, ele conseguiu abater o primeiro touro. A técnica consistia em desferir um golpe com o punho direto (tsuki) sobre a fronte do animal.
Em 1950, pela primeira vez, Oyama enfrentou um touro em uma arena. O animal dobrou sob o efeito do primeiro tsuki, mas Oyama não conseguiu acabar com ele. Tentou um golpe circular com a mão (mawashi-shutô-uchi) e quebrou os chifres do animal. Depois disso, no Japão e nos Estados Unidos, enfrentou 52 touros, partindo os chifres de 49 e matando os outros três. Um desses confrontos foi filmado pela Shochiku Motion Picture
A prova dos cem combates
Ainda restava um desafio a ser vencido. Oyama decidiu reviver, no Karate Kyokushin, uma antiga prova praticada nas escolas de kendo e judô: os cem combates.
Oyama foi além. Lutou por três dias consecutivos. Cem combates a cada dia. Oyama saiu seriamente ferido de uma das provas, mas venceu todas elas.